Quando descobri que empreender fazia parte de mim

empreendedorismo, sonho, juventude, vida, riqueza

Me chamo Daniela, tenho 41 anos, sou brasileira, casada e mãe de três filhos. Minha carreira de profissão é a odontologia. A do coração é o empreendedorismo. Mal sabia eu que um está diretamente ligado ao outro assim como empreender está ligado em minha alma e meu coração.

Comecei no ramo dos “negócios” muito jovem, sempre tive uma inquietude muito grande e na minha casa o dinheiro não era algo que abundava com facilidade. Não passávamos necessidade alguma, mas o dinheiro tampouco sobrava. O meu primeiro negócio foi no ramo de bijoux. Eu fazia bijuteria para vender. Oferecia para as amigas da minha mãe, para minhas vizinhas e companheiras de igreja de minha avó. Todas compravam. Creio que era por que achavam bonitinho ver uma menina de 12 anos e 1,50 de altura vendendo seus trabalhos, compravam mais por piedade do que por qualidade. Mas não importava. Para mim naquele momento o que importava era que eu vendia. Se iria vender novamente fidelizar o cliente ou aumentar minha rede de consumo pouco me importava. Afinal, já tinha uns trocados para um sorvete ou um chocolate a mais no mês.

 Aos quinze anos decidi que necessitava de uma renda mais constante, mas meu pai não me deixava trabalhar pois ele dizia que o importante era estudar e assim o fiz, mas a insatisfação e a necessidade de um dinheiro para mim sempre estavam ali. Decidi começar no ramo das vendas diretas. Vendas por catálogo mais precisamente. Representei esta empresa por mais de 15 anos. Nunca fiz um bom dinheiro. Fiz algum dinheiro que serviram para minhas despesas.

Neste meio de tempo cursei odontologia. Sempre buscando uma maneira de trabalhar, mas era quase impossível. Meu curso era integral e bastante puxado. Então descobri que meus tempos livre e as festas que tanto gostava poderiam me render algo de dinheiro. Sempre que possível comprava cerveja para revender nas festas universitárias, ou até mesmo nos aglomerados que se formavam nas ruas repletas de vestibulandos de minha cidade.  

O tempo passou, me formei, fiz o que seria natural em minha profissão, que foi montar meu consultório. Na minha época não existiam grandes clínicas que empregavam dentistas. Então a única forma de trabalhar que tínhamos ou era prestar um concurso ou abrir seu consultório.  Na verdade, ainda não empreendia da forma que sei hoje, não tinha ideia de mercado e nem de começar uma start up como os jovens de hoje. O meu empreendedorismo era mais primitivo. Empreendedorismo raiz. Na realidade, hoje sei que tinha algo essencial a todo empreendedor: insatisfação e necessidade. Descobri que os clientes não entravam em meu consultório sozinhos. Estava insatisfeita. Descobri que as contas venciam no final do mês. Tinha necessidade.

Foi aí que outra característica de um empreendedor aflorou em mim: a criatividade. Aprendi a ter que procurar clientes, fidelizar clientes, pedir indicações. Aprendi o poder do networking, das amizades. De se ter um serviço bacana.

Então, quando engravidei do meu primeiro filho, descobri que não teria renda no tempo em que estivesse parada. Que minha licença maternidade talvez não existisse. Entendi que tinha uma profissão linda, mas que, caso algum dia acontecesse algo com minha mão ou com meu físico não teria como me manter. Foi quando entendi que precisava me aprimorar. Não daria mais para depender somente do meu trabalho. Eu agora tinha uma criança. Mas e se eu me machucasse? Quem pagaria minhas contas? Sabia que precisava de um negócio que funcionasse mesmo se estivesse doente ou ausente.

Decidi, então montar a minha primeira clínica odontológica. Ter um negócio era uma forma de ter renda mesmo que, eventualmente, estivesse ausente, aprendi uma nova profissão na minha empreitada empreendedora. A de empresária. Tive que aprender a ser gestora de pessoas, tive que melhorar meus relacionamentos,  confesso que sair de um mundo fechado de ser dentista, fechada na minha sala 3×3 sozinha com o paciente em silêncio, para uma clínica barulhenta, com diversos funcionários e mais de 1000 pacientes por mês foi algo muito desafiador. Daquela época até hoje, já tive 5. A maior dela atendia 1000 pacientes ao mês.

Em 2015 meu marido teve uma proposta de trabalho para ir a África.  Depois de anos estressantes e de muito trabalho, decidi acompanha-lo. Morei dois anos no Quênia e mantive o controle da minha clínica de forma remota. Sair da rotina de um dia-a-dia em um escritório me deu a oportunidade de refletir muito. Aprendi que a tecnologia é fantástica. Nestes anos, aprendi uma outra característica de um empreendedor, desta vez do empreendedor do século XXI: o mundo de hoje não tem fronteiras.

Estes anos me deram a visão de que minha função na minha clínica estava completa e que eu já era dispensável. Necessitava exercitar novamente a minha criatividade e queria fazer mais pelo mundo e pelas pessoas que conhecia. Decidi em agosto de 2018 vender a minha parte na sociedade e tomar outros rumos.

Hoje trabalho com marketing e liderança em alta performance, tenho um carinho especial em ajudar mulheres. Acho que a mulher empreendedora modifica o mundo em que vive e, consequentemente, o nosso mundo. Somos muito generosas quando queremos. Não foi fácil a transformação da menina que fazia Bijoux para alguém em um ramo totalmente diferente. Todos estes anos de transformação contiveram choros, dias ruins, desafios, vontades imensas de desistir e ser apenas uma dona de casa e mãe dos meus filhos.

Aprendi que o empreendedorismo sempre esteve em mim.  Que está em todos nós. Somos empreendedoras raiz desde o dia em que nascemos. É o ate de empreender que modifica a relações sociais, modifica o ambiente, gera renda e uma sociedade mais justa. As mulheres empreendedoras geram independência e menores chances de estarem em relações abusivas. Criam lares mais abundantes e mais felizes.

Convido a todos vocês a nos acompanharem neste nosso universo empreendedor, recosntrutor, cheio de propósito e gratidão que está sendo feito com muito amor e respeito.

Um forte abraço a todos

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